Como é e o que significa a lei dos aventureiros?
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A Lei dos Aventureiros possui 5 virtudes que nós devemos buscar melhorar a cada dia. Podemos ter facilidade em um aspecto e precisar de melhora em outro. Por exemplo, podemos ser obedientes mas nada bondosos. Cada uma das qualidades listadas na lei são alvos, objetivos que devemos alcançar.
Deslocar o foco de atenção da pessoa do Aventureiro, para outro lugar, pode dar à criança a falsa ideia de que não é ela mesma a grande responsável por sua própria melhora. Em contrapartida, como todos nós sabemos, a natureza do homem é, desde o seu nascimento, atraída para o mal e não para o bem. Se você pensar no Aventureiro como uma pessoa (que ele realmente é, mesmo que em miniatura), verá que as mesmas leis o regem, como a todos os demais seres humanos. Assim, tomar tempo para conversar com as crianças, de modo que aprendam, de suas próprias experiências, como é difícil melhorar seus defeitos, mas também como isso é possível, com seu esforço e a ajuda divina, tornará palpável o ensino. A melhor ocasião para tal aprendizado, (acredite se quiser), é quando acontecem problemas. Não há nada que ensine mais do que uma “crise”. O mundo das crianças contém oportunidades de sobra para brigas, egoísmo, inveja, mentira, cobiça, medo, frustrações, etc.. O modo como se administra estes conflitos é determinante para viabilizar o aprendizado. O líder sábio “se apoia” nestas ocorrências indesejáveis, em seu trato com a pessoa do Aventureiro, (muitas vezes em particular), para mostrar como a natureza humana é difícil de dominar e como a ajuda de Deus é preciosa para isso. Cada vez que orarmos com a criança, nestas ocasiões, estaremos ensinando-lhes o caminho para a “sala de audiência” de Quem, unicamente, pode julgar, condenar ou absolver e, (o melhor de tudo), ajudar-nos a não errar novamente.
Ensina-se obediência, prioritariamente, sendo obediente. Desagradável como seja esta perspectiva, o método de ensino por excelência, especialmente com crianças, é, sempre foi e talvez jamais deixe de ser o exemplo Não importa quanto ou com que tom de voz lhes falemos,
as crianças serão pequenas cópias daqueles com quem convivem. A obediência é uma coisa estranha para o ser humano, porque pressupõe seguir as determinações e fazer a vontade de outra pessoa, que não nós mesmos. Em muitas circunstâncias, obedecer equivale a abnegar-se – horror supremo de nossa sociedade egocêntrica e apaixonada por si mesma – mas há maneiras muito persuasivas de conseguir obediência.
Uma delas é saber comandar, o que, (diga-se), só se aprende obedecendo as ordens de algum bom comandante. Bom comandante é aquele que fundamenta cada um de seus comandos, na necessidade e benefício da obediência, para o grupo e para o indivíduo dentro do grupo, ficando ele
mesmo (comandante) e sua vontade pessoal em posição francamente secundária. Um dos métodos mais fortes de ensinar obediência é obedecer junto. A liderança é uma ciência e uma arte, alicerçada sobre princípios imutáveis e características pessoais e ambientais muito variáveis. Os princípios imutáveis, como o próprio nome diz, não podem ser mudados – temos que aprendê-los e nos adaptar a eles. Já as características pessoais são amplamente modificáveis. Por exemplo, quando um líder utiliza as palavras, define que tipo de resposta obterá. Isso é um principio imutável de comunicação. Por isso, o líder precisa tomar todo o cuidado com suas palavras e com a entonação que dá a elas – a resposta dos comandados será um reflexo disso. Uma das palavras mais poderosas, dentro do “arsenal” dos grandes líderes, é “Vamos !?”.
Note a pontuação utilizada – “!?” – indica o entusiasmo de quem pergunta mas também a espera pela concordância da(s) outra(s) pessoa(s).
É um impulso para frente, que aguarda liberação. “Vamos!?” coloca o líder dentro do mesmo barco que os liderados, por isso o pronome predileto dos líderes é “nós”.
Ensinar pureza é ensinar conhecimento e determinação pessoal, pois a pureza está fora do alcance de qualquer outro censor humano: somente a própria pessoa pode chegar lá, no íntimo dela mesma e averiguar o grau de pureza ali existente. Ser puro é como um incêndio que se “alastra” por nossas palavras e atos, intenções e atitudes, sem que possamos detê-lo. Moisés falava, em Deuteronômio 6, das virtudes que os pais deviam pôr diante dos filhos, nos mais diversos formatos, para “quer assentando-se, quer andando pelo caminho” expô-los, sempre, ao que
houvesse de melhor, para seu aprimoramento. Paulo recomendava “tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama”, tudo que tenha alguma virtude ou louvor, como objeto permanente do pensamento dos filhos de Deus. Filipenses 4:8 Estes são conselhos mais do que apropriados, embora nem sempre fáceis de seguir
A Lei e o Voto são diferentes, ao menos num aspecto: a Lei é uma promessa que foi feita primeiro, não por nós, mas por Deus. Nós apenas a repetimos, para não nos esquecermos dela. Ela está espalhada por toda a Bíblia. Poderíamos citar páginas e mais páginas da Bíblia, sem esgotar as possibilidades. Eis uma razão para fazermos os meninos e meninas memorizarem e compreenderem o texto sagrado: ao considerarem quem é Deus, como Ele age, quanto nos ama, o que já fez por nós, eles não conseguirão ser irreverentes. A razão porque muita gente é, hoje em dia, irreverente para com Deus, não é a sua intenção de ofendê-lO ou desagradá-lO – é o desconhecimento acerca dEle. Se é isso, temos um remédio infalível para resolver o problema – conhecê-lO, como é nosso privilégio conhecer. Ore muito com suas crianças. Leia muito sua Bíblia. Demonstre a eles as melhores atitudes de um Aventureiro no culto, no sermão, na oração, no louvor e na igreja. Dê exemplos de reverência nos quais elas possam se espelhar. Chame em seu auxílio os pais, e mães, e demais adultos de sua igreja. É um esforço que vale a pena, tanto para esta vida como para a eternidade.
A poesia de um antigo hino diz o seguinte: “Deus não tem mãos, senão as nossas, para o bem praticar; Deus não tem pés, senão os nossos, para ir ajudar; É na luz do nosso sorriso que Deus mostra haver esperança; Deus chora ao lado do aflito, as lágrimas que nós derramamos; Deus consola a Seus filhos através dos nossos lábios; O abraço de Deus é bem visto nos braços que nós Lhe emprestamos”. Deus escolheu depender da nossa bondade, para que a Sua bondade pudesse ser (re)conhecida pelas outras pessoas. Vendo as nossas boas obras, elas glorificarão ao nosso Pai, que está nos Céus. Um ditado conhecido sobre este tema diz assim: Quer ser infeliz? – pense em si mesmo. Se isso é verdade, o contrário também deve ser: Quer ser feliz? – não pense em si mesmo: pense nos outros. Procurar a felicidade alheia é o melhor meio de encontrar a própria felicidade. Para poder viver assim, necessitamos de um coração de carne, não de pedra. Precisamos de um coração parecido com o de Jesus. Olhe ao seu redor: há pobres, doentes, idosos, indefesos, desamparados, necessitados de toda ordem. Que campo vasto para semear a bondade! Conte histórias aos Aventureiros sobre atos de bondade. Bondade aos fracos e pobres, aos irmãos e colegas, aos que sofrem e até aos animais.
Crianças gostam de ajudar e vivem se oferecendo para isso. Muitos pais e mães, (e líderes!), matam esta disposição tão salutar, impedindo que as crianças participem nas tarefas. Anos depois, estes mesmos adultos ralham, e gritam, e suspiram por ajuda, mas não podem mais
conseguir aquilo que lhes era oferecido gratuita e livremente pouco tempo antes. Ser colaborador é um aprimoramento de ser obediente ou bondoso. A marca registrada do colaborador é a iniciativa – ser prestativo é ajudar antes que isso seja obrigatório. O obediente não toma a iniciativa, apenas reage às ordens que recebe. O bondoso não toma a iniciativa, só corresponde benignamente às necessidades que encontra. O
colaborador se antecipa em prestar serviço. O colaborador está sempre a postos para fazer os outros felizes, confortáveis, satisfeitos. No contexto dos meninos e meninas em idade de Aventureiro, maneiras muito menos filosóficas e idealistas precisam ser encontradas para promover o desejo de servir. Por exemplo, o egoísmo natural das crianças (e o seu desejo irrefreável de ganhar sempre e não perder nunca), pode ser um campo frutífero para trabalhar a disposição de tornar-se um colaborador. Ao tomar a iniciativa de reconhecer a vitória e os méritos alheios, a criança pode aprender a dominar-se e ser bom esportista, quando perde e quando ganha. Parece que é muito mais fácil ensinar alguém a ser um bom perdedor do que o reverso da moeda – saber ganhar. Algumas pessoas se tornam tão insuportáveis quando vencem, que (velada ou declaradamente) todo mundo torce para que sejam derrotadas. Aqueles que têm sempre sucesso naquilo que fazem, podem se deixar levar pela ilusão de que são melhores do que os outros, são superiores aos demais ou que os outros não se esforçam o suficiente já
que, para eles, ter sucesso é uma coisa fácil e natural. A atitude demonstrada pelas crianças, nesta questão, pode fechar as portas para muitas amizades, causar frustração e ressentimentos de toda espécie. Por isso mesmo, ensinar o hábito do serviço é uma das muitas contribuições inestimáveis que podemos dar à vida das crianças. Isso lhes garantirá a melhor utilidade nesta vida e um passaporte para aquele lugar, onde ser colaborador é ser “o maior”.
Ensinar alei para os pequenos deve ser uma das primeiras coisas a serem feitas num clube de aventureiros. As crianças precisam não só apenas decorar as palavras. Elas precisam compreender o que cada palavra significa. Então pra começar eu indico a você instrutor apresentar a lei dos aventureiros e explicar de forma geral o que ela significa. Ou se preferir temos um vídeo com a fantoche Lica explicando, que você pode usar em seu clube:
Após a explicação geral da Lei, o conselheiro ou instrutor da classe pode fazer uma roda de conversa para dialogar com as crianças a respeito do que entenderam. Algumas perguntas que podem ser feitas:
Agora que as crianças já sabem e compreenderam o significado da lei, é hora de colocarem a mão na massa e “escreverem” as palavras da Lei. O significado da Lei é o primeiro requisito da pasta de Luminares (7 anos), Edificadores (8 anos) e Mãos Ajudadoras (9 anos). Normalmente as crianças na faixa etária de 7 anos ainda estão passando por um processo de alfabetização. Então você conselheiro ou instrutor pode fazer as crianças “escreverem” a lei sem precisar fazê-las pegar o lápis. A ideia é tornar esse um momento de aprendizagem que seja tranquilo e divertido. Para isso as crianças podem fazer algumas dessas atividades:
Já para as crianças de 8 e 9 anos é interessante apresentar atividades em que ela possam ler e organizar partes da lei. Por já estarem alfabetizadas esse é o momento de mostrarem que sabem ler e de organizar suas ideias. Para isso propomos atividades assim:
Após fazer as atividades, o conselheiro ou instrutor pode fazer a atividade da pasta com as crianças no clube ou pode mandar como atividade para fazerem em casa!
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